sábado

Certezas

                                                                ( foto retirada da net )


É-me tão difícil dizer de forma inspiradora o que de mais sublime eu sinto.
É como se a palavra ou a forma de a escrever não acrescentasse nada de novo á simplicidade sóbria do meu sentir, nem beleza sincera à minha mentira quando quero acreditar que já nada de ti me resta quando és o tudo que me sobra para que o meu olhar não se feche de vez. Eu sei que as minhas palavras não precisam de ser esteticamente apetecíveis para que descubras nelas o amor que te tenho.
Nem sequer será por sonhar-te mais do que te sonho que irei amar-te mais do que te amo, porque sempre te vi lindo e brando adivinhando em ti todas as melodias pelas quais aspirei no meu dia-a-dia sem sentido.
Imaginei-te; senti-te, como se em mim sempre tivesses existido.
Deve ser a este sentimento que chamam de paraíso.
Também não me importa se não for porque vou continuar a sonhar-te.
Vou continuar a acreditar que ainda existo em ti, porque se eu sentir a mente narcotizada talvez eu consiga sobreviver aos dias frios do inverno que se avizinha… feliz com a miragem e a crença de que encontrarei dentro de ti o que é de longe, quando o dentro não é de parte alguma, porque a periferia acabou por se confundir com o centro do que somos.
Eu sempre acreditei que a única essência da vida é ser feliz.
Se não o é meu amor, então nada mais me importa a não ser a ilusão de ver nas coisas a tonalidade mais fremente que o coração pintou, na inocência de sonhos acolhidos.