sábado

O Nosso Poema


                                                           




Recomeço agora... uma vez mais recomeço nesta madrugada em que no equilíbrio das palavras o desequilíbrio dos corpos colhem  desejos que brotam de um mar onde hoje navegamos sem sobressalto caminhando de forma límpida sem permitir ao tempo que nos gaste a forma como sempre dissemos Amor.
Não sei melhor do que tu dizê-lo, mas sei latejar, apertar, morder, chupar, passear o meu barco pelas paisagens endurecidas  do teu corpo e chamar-lhe vida.
Tu sabes, eu sei que já nada inventaremos de novo mas viveremos em gestos nossos, usando como nossa a única voz do encantamento aquela com que direi teu  nome com toda a doçura do mel que na garganta me escorre, nume das palavras feitas de desejo que a torto e a direito repetimos a cada toque a cada beijo... E nesta mistura da saliva em que as nossas bocas são uma, escreveremos o poema das nossas vidas.