quarta-feira

Palavras Cobardes

Imagem de minha autoria



Rasgo de mim todas as palavra inúteis
Palavras que são um chicote enraivecido na perdição de tudo o que sou.

Sei que é cobardia quando me resigno em palavras fáceis, como se fossem asas com as quais escrevo no tempo, tudo o que me vai por dentro.

Não sei nem nunca soube criar bolhas de ar dentro da escrita, sei que o respirar e o abrandar das palavras se fazem com um sentido lógico mas não respiro propositadamente porque acredito que as palavras de um só tempo se devem beber de um só trago e lidas num só fôlego.

Não sei se me percebem se me faço entender se escrevo bem ou mal.... Não me preocupo!!!...

Escrevo para enganar a ira que se inclina para o meu sentir, sofrêga na aquisição de um lugar ao sol nesse mundo ilusório onde a paz reina empunhando como ceptro uma caneta antiga que verte no branco de uma página vazia pensamentos que só ao vento consegue confiar.

Embrulho-me na pouca sabedoria de vírgulas mal configuradas e de pontos finais que não se deitam na cama certa, mas no fim saio sempre premiada pela brisa desse entardecer lento que me diz que sou uma felizarda por viver um novo dia... quando para isso me bastou abrir os olhos.