segunda-feira

Origami



Sabe Deus porque escrevo assim, como se a minha vida tivesse sido dobrada num dos vários esquemas de um origami que depois de vincado se faz ao vento saboreando cada recanto enviusado pelas garras de um destino que nunca quis como meu.

Não entendo, ou não quero entender porque teimam em dar-me um destino quando sou livre, imortal, invencível contra tudo o que me quer levar para longe de ti.

Tentam, bem tentam as vozes aziagas… mas nem elas me farão acreditar que o amor é uma coisa fugaz….que se dilui na saliva de um tempo que envelhece todos os sentires.

Não é assim, Não pode ser assim….

Chamam-me, mandam-me parar, como se fosse necessário eu estar atenta para perceber o que me querem dizer… pois de bocas tristes só caiem palavras que gritam que o amor não dura… Mas que importa o tempo de duração se o que sentimos passa a ser eterno só por termos tido a coragem de o ter vivido? Não será mais importante este sentimento que nos deixa em estado constante de ebulição a um sentimento retraido de querer viver e não ter coragem para tal?


Voltam a chamar-me avisam-me mas eu já não olho para lado nenhum…o meu olhar está fixo em ti porque foi em ti que entrelacei as minhas mãos… Deixei de me importar com o que pensam por medo de se exporem, o medo corrói-lhes o coração e atrofia-lhes o sentimento.


Não, não os quero ouvir, nem sequer os olharei, seguirei para ti … e mesmo que por vezes eu tenha que recuar, usarei as palavras para desculpar esta teimosia de remar contra o tempo que tenta derrubar as certezas que existem dentro de mim…

Tu sabes que ainda não me adaptei á vida… por isso não sei o que são ausências….

As certezas; Sim conheço-as mas guardo-as por dentro para que o tempo que arrebata a vida, não dê por elas e não me leve para longe do teu amor.

Um comentário:

Olga disse...

Vai aonde te leva o coração... Bjs